A Vegetação do Brasil envolve o conjunto de formações vegetais distribuídas por todo o território brasileiro.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

MASSA DE ÁGUA



Em oceanografia física, chama-se massa de água a uma porção de água do mar com uma origem determinada e que se mantém durante longos períodos com uma temperatura e uma salinidade quase constantes.
Noutras acepções, mas comparáveis à anterior definição, utilizam-se os termos “massas de água subterrâneas” ou “massas de água continentais” com referência a um lago ou à água de uma bacia hidrográfica. Com um sentido um tanto diferente, fala-se da massa de água perdida por evaporação, no sentido da quantidade de água que a planta perdeu.

REFÚGIO ECOLÓGICO


Refúgio ecológico (Campos de altitude) — Qualquer tipo de vegetação diferente do contexto geral da flora da região é considerada como um "refúgio ecológico". Este é o caso da vegetação que se localiza, no Brasil, acima de 1800m de altitude.
Os Refúgios Ecológicos se constituem de grupamentos vegetais que imprimem a uma área ambientes dissonantes ao reflexo normal da vegetação regional. Enquadra-se nesta classificação os campos de altitude ou regiões altas das serras e a vegetação rupestre, típica de paredes rochosas. Os solos rasos ou incipientes não permitem o desenvolvimento de vegetação arbórea, restringindo-se, portanto a formações graminóide-arbustivas, entremeadas por ervas e arbustos.

AS ÁREAS DE TENSÃO ECOLÓGICA


As áreas de tensão ecológica são espaços geográficos situados na interface entre diversos ecossistemas sujeitos ou não às pressões antrópicas.
As florestas da Região das Áreas de Tensão Ecológica, em seus estágios iniciais, médios e avançados de sucessão, ocupam uma área de 3.199,65 km² (319.965 ha), o que corresponde a 1,13% da superfície do Estado e 6,49% da área total coberta com florestas naturais

FORMAÇÕES PIONEIRAS


Formações pioneiras: Ao longo do litoral, bem como nas planícies fluviais e mesmo ao redor das depressões aluviais (pântanos, lagunas e lagoas), há, freqüentemente, terrenos instáveis cobertos por uma vegetação, em constante sucessão, de terófitos, criptófitos (geófitos e/ou hidrófitos), hemicriptófitos, caméfitos e nanofanerófitos. Trata-se de uma vegetação de primeira ocupação de caráter edáfico.

ESTEPE


Estepe: esta área subtropical, onde as plantas são submetidas à dupla estacionalidade (uma fisiológica, provocada pelo frio das frentes polares, e outra seca, mais curta, com déficit hídrico), apresenta uma homologia fitofisionômica. Apesar de atualmente estas áreas estarem bastante antropizadas, pode-se separá-las em três subgrupos de formação, situados em dois grandes tipos de relevo: o pediplano gaúcho e o planalto meridional.

Estepe Arborizada: Este subgrupo de formação, localizado no planalto sul-rio-grandense, é divisor de águas dos Rios Camaquã e Ibicuí e caracteriza-se pela dominância de solos rasos litólicos, com afloramentos rochosos, medianamente profundos.

Estepe Parque (Campo Sujo ou Parkland): Localizada em diferentes áreas nos Planaltos das Araucárias, sul-rio-grandense e da Campanha, também ocorre nos divisores de águas dos Rios Ibirapuitá e Ibicuí da Cruz, apresentando fitofisionomia formada basicamente por nanofanerófitos freqüentes e dispersos regularmente. O estrato graminoso é dominado pelas mesmas formas de vida do subgrupo de formação anterior, além de algumas terófitas que, como plantas anuais, alteram o visual do Parque, imprimindo-lhe nuances de cor e de valor agrostológico.

Estepe Gramíneo-lenhosa (Campo Limpo): Neste subgrupo de formação, observam-se as “florestas-de-galeria” de porte baixo flanqueando algumas drenagens. O estrato herbáceo é constituído por duas sinúsias graminóides: dos hemicriptófitos e a dos geófitos, ambas apresentando pilosidade nas folhas e colmos, o que sugere uma adaptação ao ambiente relativamente seco.

SAVANA ESTÉPICA


Savana Estépica (Savanas secas e/ou úmidas: Caatinga do Sertão Árido, Campos de Roraima, Chaco Sul Matogrossense e Parque de Espinilho da Barra do Rio Quaraí): O termo foi empregado para denominar a área do “sertão árido nordestino” com dupla estacionalidade, uma área disjunta no norte do Estado de Roraima e duas outras áreas também disjuntas chaquenhas, uma no extremo sul do Mato Grosso do Sul e outra na barra do Rio Quaraí, no Rio Grande do Sul.

O sertão árido nordestino apresenta freqüentemente dois períodos secos anuais, um com longo déficit hídrico seguido de chuvas intermitentes e outro com seca curta seguido de chuvas torrenciais que podem faltar durante anos.

A disjunção situada no extremo norte do Estado de Roraima, na Chapada de Surumu, encontra-se bastante antropizada.

A vegetação do “Chaco Boreal argentino-paraguaio-boliviano” é encontrada em sua face úmida desde a confluência do Rio Apa com o Rio Paraguai, prossegue comprimida entre a “cuesta” da serra da Bodoquena e o Rio Paraguai até seu afluente, Rio Miranda, de onde avança até as proximidades de cidade de Miranda (MS). Daí segue até a cidade de Corumbá sempre flanqueando o Rio Paraguai, revestindo morretes pré-cambrianos ricos em manganês e ferro, podendo também ser encontrada dispersa até as margens do Rio Guaporé, afluente do Rio Mamoré já em território Amazônico, no Estado de Mato Grosso.

A disjunção chaqueana do “Parque do Espinilho” ocorre na planície alagável situada no extremo sudoeste do Estado do Rio Grande do Sul. Encontra-se ainda bastante preservado e seus ecotipos naturais revestem terrenos de deposição recente, localizados entre os Rios Quaraí e Uruguai.


As savanas brasileiras, o Cerrado e a Caatinga são uma vegetação que tem diversas variações fisionômicas ao longo das grandes áreas que ocupam do território do país.
Vegetação característica na região noroeste de Minas Gerais.

É uma área zonal, como as savanas da África, e corresponde grosso modo ao Planalto Central.[carece de fontes?]

É o segundo maior bioma brasileiro, estendendo-se por uma área de 2.045.064 km2 , abrangendo oito estados do Brasil Central: Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí e o Distrito Federal.

É cortado por três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul, com índices pluviométricos regulares que lhe propiciam sua grande biodiversidade.

* Ecossistemas do bioma cerrado do Brasil:
o cerrado (ecossistema)
o cerradão
o campestre
o floresta de galeria

Há também os ecossistemas de transição com os outros biomas que fazem limite com o Cerrado.

A paisagem do Cerrado possui alta biodiversidade, embora menor que a mata atlântica e a floresta amazônica. Pouco afetado até a década de 1960, está desde então crescentemente ameaçado, principalmente os cerradões, seja pela instalação de cidades e rodovias, seja pelo crescimento das monoculturas, como soja e o arroz, a pecuária intensiva, a carvoaria e o desmatamento causado pela atividade madeireira e por freqüentes queimadas, devido às altas temperaturas e baixa umidade, quanto ao infortúnio do descuido humano.

Nas regiões onde o cerrado predomina, o clima é quente e há períodos de chuva e de seca, com incêndios espontâneos esporádicos, com alguns anos de intervalo entre eles, ocorrendo no período da seca.

A vegetação, em sua maior parte, é semelhante à de savana, com gramíneas, arbustos e árvores esparsas. As árvores têm caules retorcidos e raízes longas, que permitem a absorção da água - disponível nos solos do cerrado abaixo de 2 metros de profundidade, mesmo durante a estação seca e úmida do inverno.

Dependendo de sua concentração e das condições de vida do lugar, pode apresentar mudanças diferenciadas denominadas de cerradão, campestre e cerrado (latu sensu), intercalado por formações de florestas, várzeas, campos rupestres e outros. Nas matas de galeria aparecem por vezes as veredas.

Outros ecossistemas: Campo Sujo, Campo Cerrado, Cerrado Rupestre, Mata Seca ou Mata Mesofítica e Parque Cerrado.

Grande parte do Cerrado já foi destruída, em especial para a instalação de cidades e plantações, o que o torna um bioma muito mais ameaçado do que a Amazônia.[2]

CAMPINARANA


Os termos Campinarana e Campina são sinônimos e significam “falso campo”.
Esta classe de formação é dividida em três subgrupos de formação: arbórea densa, arbórea aberta ou arborizada e gramíneo-lenhosa.
Campinarana Florestada: É um subgrupo de formação que ocorre nos pediplanos tabulares, dominados por nanofanerófitos finos e deciduais na época chuvosa, semelhantes a uma “floresta ripária”. A bacia do alto Rio Negro foi o centro de dispersão deste domínio florístico e os ambientes situados ao longo dos rios de água preta, que, segundo Sioli (1962), revelam a presença de ácidos húmicos e material turfoso inerte em suspensão, são os locais onde estes ecotipos melhor se adaptam.
Campinarana Arborizada: Este grupo de formação é dominado por plantas raquíticas, mas das mesmas espécies que ocorrem nos interflúvios tabulares da região, sendo anãs em face dos terrenos capeados por Podzol Hidromórfico das depressões fechadas.
Campinarana Gramíneo-lenhosa:Este subgrupo de formação surge nas planícies encharcadas próximas aos rios e lagos da região. Estas planícies são capeadas por um tapete de geófitos e hemicriptófitos das famílias Poaceae(gramíneas) e Cyperaceae, ambas de dispersão pantropical.

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL


A Floresta Estacional Decidual é caracterizado por duas estações climáticas bem demarcadas, uma chuvosa seguida de longo período biologicamente seco. Ocorre na forma de disjunções florestais, apresentando o estrato dominante macro ou mesofanerofítico predominantemente caducifólio, com mais de 50% dos indivíduos despidos de folhagem no período desfavorável.
Com características semelhantes, verifica-se na borda do Planalto Meridional, principalmente no Estado do Rio Grande do Sul, uma disjunção que apresenta o estrato florestal emergente completamente caducifólio, visto que, muito embora o clima seja ombrófilo, há uma curta época muito fria, o que ocasiona, provavelmente, a estacionalidade fisiológica dos indivíduos da floresta.

terça-feira, 20 de abril de 2010

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL


A floresta estacional semidecidual Este tipo de vegetação é caracterizado por duas estações climáticas bem demarcadas, uma chuvosa seguida de longo período biologicamente seco. Ocorre na forma de disjunções florestais, apresentando o estrato dominante macro ou mesofanerofítico predominantemente caducifólio, com mais de 50% dos indivíduos despidos de folhagem no período desfavorável.

Com características semelhantes, verifica-se na borda do Planalto Meridional, principalmente no Estado do Rio Grande do Sul, uma disjunção que apresenta o estrato florestal emergente completamente caducifólio, visto que, muito embora o clima seja ombrófilo, há uma curta época muito fria, o que ocasiona, provavelmente, a estacionalidade fisiológica dos indivíduos da floresta.

Este tipo de vegetação apresenta grandes áreas descontínuas localizadas no Norte para o Sul, entre a Floresta Ombrófila Aberta e a Savana (Cerrado); de Leste para Oeste, entre a Savana Estépica (Caatinga do Sertão árido) e a Floresta Estacional Semidecidual (Floresta Tropical Subcaducifólia); e, finalmente, no Sul, já na área subtropical, no vale do Rio Uruguai, entre a Floresta Ombrófila Mista do Planalto Meridional e a Estepe. Estas grandes áreas disjuntas apresentam quatro formações distintas: aluvial, terras baixas, submontana e montana.

FLORESTA OMBRÓFILA MISTA


Floresta ombrófila mista também Floresta de Araucária, Floresta com Araucária ou araucarieto é um ecossistema com chuva durante o ano todo, normalmente em altitudes elevadas, e que contém espécies angiospermas mas também coníferas. Encontrado no Brasil principalmente nos estados de Santa Catarina e Paraná, faz parte do bioma mata atlântica.
O clima da região é temperado, com chuvas regulares e estações relativamente bem definidas: o inverno é normalmente frio, com geadas freqüentes e até neve em alguns municípios do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e o verão razoavelmente quente. As temperaturas variam de 30°C, no verão, até alguns graus negativos, no inverno rigoroso. A umidade relativa do ar está relacionada à temperatura, com influência da altitude. Assim, nas zonas mais elevadas, a temperatura não é suficientemente elevada, diminuindo a umidade produzida pelas chuvas. As médias mais elevadas são resultados da influência oceânica sobre o clima e da transpiração dos componentes das matas pluviais existentes. Os maiores índices pluviométricos são registrados nos planaltos, com chuvas bem distribuídas por toda região.

FLORESTA OMBRÓFILA ABERTA



A floresta ombrófila aberta é considerada uma área de transição entre a Floresta Amazônica e as áreas extra-amazônicas. Esta floresta apresenta quatro faciações florísticas que alteram a fisionomia ecológica da floresta ombrófila densa:

* Com palmeira – cocal;
* Com bambu – bambuzal;
* Com cipó – cipozal;
* Com sororoca – sororocal.

Tem como característica ambientes com climas mais secos, que chegam de 2 a 4 meses por ano, com temperaturas de 24 à 25°C.

Seu nome advém por conseqüência da fitomassa e o fitovolume de recobrimento, que vão diminuindo gradativamente de densidade.

FLORESTA OMBRÓFILA DENSA



Floresta ombrófila densa é uma mata perenifólia, ou seja: sempre verde com dossel de até 50 m, com árvores emergentes de até 40 m de altura. Possui densa vegetação arbustiva, composta por samambaias, arborescentes, bromélias e palmeiras. As trepadeiras e epífitas (bromélias e orquídeas) cactos e samambaias também são muito abundantes. Nas áreas úmidas, as vezes temporariamente encharcadas, antes da degradação do homem, ocorriam figueiras, jerivás (palmeira) e palmitos (Euterpe edulis).

O termo criado por Ellemberg & Mueller-Dombois substituiu Pluvial (de origem latina) por Ombrófila (de origem grega), ambos com o mesmo significado “amigo das chuvas”. Sua principal característica ecológica reside nos ambientes ombrófilos, relacionada com os índices termo-pluviométricos mais elevados da região litorânea e da Amazônia. A precipitação bem distribuída durante o ano, determina uma situação bioecológica praticamente sem período seco (0 a 60 dias no ano).